quinta-feira, 26 de março de 2009





Há pessoas assim, que provocam desequilíbrios equilibrados na nossa vida. Que entram, instalam-se e saem sem deixar rasto. Que nos destabilizam, mas ao mesmo tempo são-nos essenciais. Que deixam marcas, boas e más, até onde lhes damos consentimento. Que vivem na incerteza e nos perturbam com as suas dúvidas, porém sabemos que nos são tão necessárias para viver quanto o ar que respiramos. Não insistem mas não desistem. Não mentem mas não dizem a verdade. Não escondem mas não mostram. Vivem na fronteira entre o real e o imaginário. Vivem e fazem-nos viver. E um dia, partem... para onde, não interessa. E nós ficamos desolados com a sua ausência.

Contudo, deixam-nos as recordações, os bons momentos… E esses são de sonho.


sexta-feira, 20 de março de 2009

Liberta de testes :'D


Finalmente acabou o pesadelo dos testes. Com isto, justifico a minha ausência nestas últimas semanas. Mas já terminou e agora há que aproveitar e descansar, pois as férias aproximam-se. Falta apenas uma semana, a melhor semana do período.
Amanhã começa a Primavera, uma época muito agradável e bonita. Fazem-se sentir os aromas das flores, os sons dos passarinhos... tudo parece mágico e maravilhoso.
Para me despedir deixo um poema relativo a este tema.
Beijinhos e bom fim-de-semana.

CAÇADOR DE BORBOLETAS

Sorridente, ao nascer do dia,
ele sai de casa com a sua rede.
Vai caçar borboletas, mas fica preso
à frescura do rio que lhe mata a sede
ou ao encontro das flores do prado.
Vê tanta beleza à sua volta
Que esquece a rede em qualquer lado
e antes de caçar já foi caçado.

À noite, regressa a casa cansado
e estranhamente feliz
porque a sua caixa está vazia,
mas diz sempre suspirando:
Que grande caçada e que belo dia!

Antes de entrar, limpa as botas
num tapete de compridos pêlos
e sacode, distraído,
as muitas borboletas de mil cores
que lhe poisaram nos ombros e nos cabelos.


Álvaro Magalhães