Há pessoas assim, que provocam desequilíbrios equilibrados na nossa vida. Que entram, instalam-se e saem sem deixar rasto. Que nos destabilizam, mas ao mesmo tempo são-nos essenciais. Que deixam marcas, boas e más, até onde lhes damos consentimento. Que vivem na incerteza e nos perturbam com as suas dúvidas, porém sabemos que nos são tão necessárias para viver quanto o ar que respiramos. Não insistem mas não desistem. Não mentem mas não dizem a verdade. Não escondem mas não mostram. Vivem na fronteira entre o real e o imaginário. Vivem e fazem-nos viver. E um dia, partem... para onde, não interessa. E nós ficamos desolados com a sua ausência.
Contudo, deixam-nos as recordações, os bons momentos… E esses são de sonho.